A CEEIA – Comunidade de Empresas Exportadoras e Internacionalizadas de Angola – participa hoje num dos mais importantes eventos empresariais africanos. Agostinho Kapaia, Luís Cupenala, Bartolomeu Dias são os empresários membros da Comunidade que marcam presença em representação da camada empresarial nacional, integrados na comitiva do Presidente da República de Angola que se deslocará ao Ruanda.
A AfCFTA é um projecto emblemático da Agenda 2063, a visão a longo prazo da União Africana para uma África integrada, próspera e pacífica. A Zona de Comércio Livre tem o potencial de transformar as fortunas de milhões de africanos, impulsionando os laços comerciais entre estas nações.
Presidido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Ruanda, neste encontro será lançado o acordo que constitui um pacto histórico com quase 40 anos de elaboração e representa um forte avanço para a integração e unidade africana, nas palavras do novo Presidente da União Africana. Também o fortalecimento da Zona de Comércio Livre permitirá contribuir para colocar África como uma das maiores economias do mundo e reforçar a sua capacidade de interagir em igualdade de condições com outros blocos económicos internacionais, de acordo com o Presidente da Comissão da União Africana.
Agostinho Kapaia, Presidente da CEEIA, refere que “é de uma importância extrema termos sido convidados para participar neste encontro histórico que visa incrementar as relações económicas e comerciais entre os países africanos. Angola deve manter-se com os olhos postos na internacionalização, nas exportações e nos negócios com outros países africanos que sejam mutuamente benéficos. É com muito optimismo que participo neste encontro tão importante para o nosso continente”.
Actualmente o comércio interno africano ronda os 16%, comparativamente aos 19% da América Latina, 51% da Ásia, 54% da América do Norte e 70% da Europa. O programa das Nações Unidas para a Economia em África estima que a AfCFTA tem potencial de incrementar o negócio africano a 53%, eliminando os direitos de importação e as barreiras não-tarifárias.
Este programa da ONU considera também que este acordo comercial poderá criar um mercado africano de mais de 1,2 bilião de pessoas com um PIB de 2,5 triliões de dólares.